Prometida ao Duque "Lordes Apaixonados - 2"
img img Prometida ao Duque "Lordes Apaixonados - 2" img Capítulo 6 5
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Capítulo 6 5

MAXIMILIANO

O tempo passa rápido e quando percebo já se passou um mês e meio desde o acordo em que arrumei uma noiva, e se as notícias estão certas, minha doce e ingênua esposa desembarcará no porto em algumas horas. Exigi que eu fosse buscá-la e conhecê-la, pois o pai garantiu uma beleza que não posso afirmar ser verdade até vislumbrar.

Minha irmã escreveu sobre uma dama de companhia que está sendo agraciada pelo rei, em breve teremos uma nova rainha espanhola e ela será sua dama de companhia. Pelo que ela relatou, o rei em pessoa pediu que ela cuidasse e zelasse da reputação de sua dama. Contou também que em breve virá nos visitar, pois sua nova lady é jovem e virá ver o pai enfermo. Ela solicitou à rainha que fosse permitido ver sua família e foi autorizado. Pelo que indica, a moça é culta e estudada.

Ter uma rainha da nossa região é bom, ainda mais para os negócios. Somos um dos maiores produtores de uva e com o tempo certo fazemos os mais deliciosos e saborosos vinhos de toda a Grécia.

Levanto-me da cadeira em meu escritório e vou para sala onde tomaremos o café da manhã. Papai está tão compreensivo ultimamente e mamãe está praticamente engravidando a moça que nem me casei ainda.

- Bom dia, meu filho!

Beijo a face da minha mãe.

- Bom dia, mamãe!

- Ela chega hoje, meu filho?

Sento-me ao seu lado e encaro meu pai.

- Sim, logo pode planejar o meu casamento - afirmo fingindo entusiasmo e pego uma xícara de café, enquanto a empregada Dolores serve o desjejum.

- Mal posso esperar para que possamos escolher juntas cada detalhe... - minha mãe diz toda empolgada.

- O pai não contou para ela ainda?

Nego com a cabeça bebendo meu café.

- Não, ele temia a sua desistência e...

Mamãe me interrompe.

- Ela tem é sorte em se casar com você, meu filho, um homem bom e com posses. Ela não poderia ter pretendente melhor, ainda mais com o pai que tem.

Tenho que concordar com seu raciocínio.

- Pedi a bênção da rainha, para, caso minha doce noiva resolva se rebelar, posso tomar sua casa e deixar todos na rua.

Ela não vai fugir deste matrimônio ou papai não me deixará em paz se perder a noiva.

- Gosto assim, querido, ela tem que pagar a dívida do pai.

Pego um pedaço do bolo e, ao prová-lo, elogio Dolores.

- Dolores, o que seria

com força para que me solte.

- Pouco me importa a quem prometeu, minha mãe deu a sua bênção e com a sua ou não, voltarei à França e em um mês me de mim sem você? - pergunto.

Ela me olha um tanto diferente e nada responde.

- O que foi?

- Nada, não tenho permissão de falar - limita-se a dizer e pergunta: - Deseja algo mais, senhor?

- Sim, que me fale por que anda estranha estes dias e isto é uma ordem.

Ela é a nossa cozinheira mais leal há anos, assim como Angel, nossa governanta.

- Eu ajudei a criar um homem decente e agora, olhando para suas atitudes, me sinto envergonhada.

Encaro-a sem entender.

- O que está fazendo com esta pobre menina, meu pai fez comigo, mas o meu marido não era da nobreza e como o casamento foi um acordo, ele se via no direito de sair todas as noites com várias meretrizes. Minha vida foi infeliz até seu pai me comprar e agora estou vivendo a mesma coisa, mas agora é como apenas alguém que olha de longe e saiba senhor que ainda irá se arrepender das suas atitudes. Ela vai lhe ensinar uma lição valiosa... espero estar errada, não demore a lutar pelo casamento ou vão viver em guerra e nunca vai encontrar a felicidade e uma mulher que vai lhe receber todas as noites.

As palavras de Dolores foram duras, mas não a condeno e não deixo meus pais a repreenderem.

- Não sou seu marido e nunca faria o que ele fez com você... não preciso obrigar nenhuma mulher a se deitar comigo e não a obrigarei, tem minha palavra.

Considero-a da minha família e não posso não ter sua aprovação.

- Não sei, na hora da raiva todos os homens não honram o que tem no meio das pernas, mas espero que não faça da vida de vocês uma guerra ou nunca vai ter paz e amor. Seus pais não dizem isso porque estão cegos com a ideia do senhor se casar e assumir tudo, mas felicidade não se compra.

- Dolores, entendo sua preocupação, mas sei o que faço e não vou machucá-la, só faremos um acordo que será selado no altar e depois seremos marido e mulher.

Ter uma esposa virgem é requisito para um bom casamento, por isso não posso oferecer nada às mulheres que se deitam comigo.

- Eu sei que suas promessas dizem isso, mas não a vi ser consultada e se está na Corte, o que a impede de ter um compromisso? Irá arrastá-la até se casar ou vai respeitá-la?

Muitos já sabem que estou noivo, menos ela.

- Ela terá a escolha de se casar ou não comigo, mas se ela não aceitar pagar a dívida, tomarei tudo do pai dela...

Ao dizer isso, ela balança a cabeça, me olha com aquele olhar condenatório e sem dizer mais nada, se retira.

- Ignore-a, filho, se não honrar sua palavra e se casar com a moça, nosso nome irá para lama - diz mamãe tentando me dar razão.

Ceguei-me todos estes dias com a ideia de fazê-la sofrer, mas após ouvir as duras palavras de Dolores, me pego refletindo sobre o que fazer.

- Ela tem razão, minha mãe, embora seja algo arranjado tenho que honrar minha esposa e tentar ter algo, mas ela irá saber quem manda aqui e vai obedecer, tem boa educação e formação, meu pai e minha mãe.

Mesmo que não a conheça e já a condeno por estar preso a ela por toda a nossa vida, tenho que me lembrar que o culpado é o pai dela. Mesmo que não sinta nada por ela, tenho que ser homem e não uma criança marrenta.

- Tenho orgulho de você, filho, ainda teremos várias crianças correndo por esta casa e quero que a traga aqui depois para oficializar tudo.

Concordo e voltamos a comer.

Após o café, vou para a vinícola, os vinhedos estão floridos e, em breve, darão belos cachos de uva.

Tomás sela meu cavalo para poder olhar cada detalhe e depois irei me refrescar na cachoeira.

Acabo por me atrasar em minutos preciosos para pegar a carruagem e buscar minha noiva que, para minha surpresa, não estava me esperando.

Após algumas averiguações e pagar algumas moedas a um pajem, ele revela que minha noiva fugiu entre meus dedos, pegando uma carruagem e indo para a casa do pai, mas uma outra notícia me deixa alerta, uma moça veio com ela e isso complicará e muito meus planos.

Volto a carruagem e oriento o cocheiro a me levar à casa dos Rovere.

A viagem foi rápida, logo estão abrindo a porta da carruagem e me deixando sair. Desço, me dirijo à porta e dou leves batidas. Alguns instantes se passam e posso ouvir risos e uma gargalhada deliciosa quando abrem a porta. Encaro uma belíssima moça loira que tem o mais belo sorriso e se ela é minha noiva, devo me sentir agraciado com a sua beleza.

- Boa tarde, lady Rovere, seu pai está?

Ela me analisa de cima a baixo e nega balançando a cabeça graciosamente.

- Boa tarde, senhor, meu pai está na cidade fazendo algumas compras para nosso café, deseja entrar para o aguardar?

Deveria esperar o pai para dar a notícia, e com minha boa educação, aceito entrar.

- Qual é o seu nome?

- Me chame de Max, sou o duque Cavaliere, encantado com sua beleza. - Estendo a mão e ela cordialmente estende a sua para que a beije, mas não demonstra interesse e isto não é bom.

- Entre, Vossa Graça, sente-se, por favor!

Dando-me passagem, entro na casa, logo seus irmãos que antes estavam rindo, param no mesmo instante e me encaram sem entender minha visita.

- Boa tarde, senhores, por favor, não parem por minha causa.

Eles tentam fingir uma cordialidade baseada apenas na educação, creio que desejam me socar arduamente.

- A que devemos a visita do duque? - indaga o irmão mais velho e me aproximo deles.

- Vim averiguar se a mercadoria está intacta.

Noto o irmão mais novo segurar o mais velho e sorrio.

- Não entendi, senhor, o que deseja com meu pai? - indaga a moça um tanto nervosa.

- Seu pai tem uma dívida bem alta comigo e vim cobrar a parte que me cabe.

Ela me encara e pergunta:

- Quanto meu pai lhe deve? - Revira os olhos e sua expressão em nada é amigável. Cruza os braços e me encara.

- O preço desta casa e do terreno.

Ela eleva a mão à boca que se abre com surpresa devido ao valor e sinto um desejo enorme de provar seus lábios.

- Ele andou jogando?

Sua curiosidade me atiça.

- Sim, ele perdeu muito dinheiro e me prometeu pagar.

Seu olhar desconfiado me avalia de cima a baixo.

- Ele não tem tal quantia, por isso mentiu que estava doente e me chamou? - indaga, evidenciando sua raiva. - Para pagar a dívida, como se o que ganho como dama de companhia fosse muito, terei que pedir à Madame algum valor em empréstimo.

Tola e ingênua demais, mal acredito que pense que se livrará de mim assim fácil.

Antes que possa responder, uma voz doce me chama, voz conhecida que ao olhar no topo da escada sorridente, corre pela escada e se joga em meus braços.

- Meu irmão!

Abraço-a e ela, um tanto chorosa, diz:

- Estava com muita saudade e logo irei ver meus pais, a senhorita estava me ajudando a ficar confortável em nossos aposentos.

- Senhorita?

Olho incrédulo, tentando tirar isto da minha mente, ela é a moça que minha irmã relatou em suas cartas, noiva de outro. A fúria ao me lembrar que ela deve ter se deitado com o rei me irrita, me enfurece a menor possibilidade de ela não ser mais pura e meu nome ser uma chacota.

- Sim, a futura esposa do rei da Espanha!

Desprendo-me dela e encaro a loira tentando ver o menor sinal de que é uma meretriz, mas antes de falar algo, o conde abre a porta e parece ficar pálido ao me ver.

- Conde Rovere, acredito que não contou à sua filha que ela é o pagamento da sua dívida. - O ódio me cega e não meço mais as palavras. - Para a minha surpresa, além de estar noiva de outro, não é mais pura! - exclamo, cuspindo cada palavra.

Antes de prever algo, Isabelle me dá um belo tapa em cheio no rosto, levo a mão ao local e ela me olha com raiva.

- Em primeiro lugar, não sou como as moças que paga por prazer para me chamar de meretriz, em segundo não irei me casar com o senhor e em terceiro lugar, a dívida é do meu pai. Retornarei à França o mais rápido possível! - diz girando os calcanhares.

Seguro seu braço e a faço me encarar.

- Não irá embora, vamos nos casar em um mês, querendo você ou não!

Noto que a doce esposa que sonhei em nada se parece com a mulher brava em meus braços, olho-a de cima a baixo, vestido amarelo-claro todo bordado em fino tecido e joias simples ornando seu corpo. Seu perfume é delicioso, seu decote nada revelador indica ter seios fartos e confesso que isto me atiça.

Quero prová-la, mas antes terei que domá-la.

            
            

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