Capítulo 10 10

― Gostaríamos que você comparecesse à cerimônia no próximo mês.

Ana abriu a boca para dizer não, ou mais apropriadamente inferno, não, mas seu pai antecipou a resposta e falou primeiro.

― Só porque vocês dois não estão mais namorando, não significa que não possa apoiá-lo.

― Não é exatamente isso que significa não namorar com ele? - ela perguntou.

― Esta é uma grande vitória para Josh. - disse seu pai.

Ana respondeu secamente.

― Sim, é tudo o que ele sempre quis.

Tudo pelo que ele já a namorou. Ela sempre se perguntou se, quando ela terminou com ele, ele ficou triste porque o relacionamento deles estava terminando ou porque ele poderia não ser capaz de garantir uma posição mais alta na Sawyer Financial.

― Ele é um homem muito determinado, querida. Você não pode culpá-lo por isso. - sua mãe colocou as mãos no colo enquanto a garçonete trazia uma rodada de tapas.

Não, e Ana não o culpou por sua determinação. Ela o culpou por não amá-la de uma forma completa e genuína. Ele apreciava sua criação mais do que ela como pessoa.

― Você ainda faz parte desta família... - continuou Helena. ― ... embora tenha optado por seguir o caminho do servo, em vez de assumir a posição que cultivamos e podamos especificamente para você.

Ana fechou os olhos e contou até cinco. Foi o mais longe que ela conseguiu antes de seu pai começar.

― Nossas famílias têm décadas de negócios anteriores entre nós. Seria rude você não aparecer e apoiar os Lindens depois alguns rompimentos mesquinhos séculos atrás.

― Não foi mesquinho pai. - disse Ana, medindo suas palavras com cuidado. Esta não era uma conversa nova. Um dia, eles a ouviriam. Por enquanto, ela iria deixá-los pensar que ela estava tendo uma repetição de seus anos dramáticos de adolescência. ― Josh era mais apaixonado pela Sawyer Financial Group do que nunca foi por mim.

Sua mãe deixou escapar um pfft incrédulo.

― E nós terminamos há três anos, o que, sim, foi um tempo, mas definitivamente não séculos.

― Ele está solteiro. - disse a mãe. ― E você também.

Ok, então esse ângulo era novo. Ana sentiu sua testa enrugar.

― Eu não... não vamos voltar a ficar juntos.

― Ele gostaria de ver você, no entanto. Ele sente sua falta. - sua mãe falou enquanto cortava uma vieira ao meio casualmente, como se ela não estivesse tentando conduzir Ana para os braços de um homem que mal gostava dela, que nunca a amou.

― Ele não sente minha falta. - disse Ana. Como ele pode? Ele mal tinha tolerado ela e suas grandes ideias para começar um negócio fora da Sawyer Financial quando eles estavam namorando.

― Eu sou um homem Ana. - seu pai ergueu seu martini para ilustrar seu ponto. ― Eu posso ver quando outro homem está com o coração partido.

― É por isso que Josh anda namorando mulheres enfadonhas como desculpas ultimamente? - Ana murmurou. Ela não estava com ciúmes, mas era frustrante saber que ele executou o plano sobre o qual a alertou.

"Se você não subir ao topo da montanha Sawyer Financial comigo, Aninha Bella, posso encontrar alguém que o faça." ela lembrou das exatas palavras dele antes de sua mãe interromper seus devaneios.

― Você não pode culpar ele por afogar suas mágoas. - interrompeu sua mãe.

― Oh, por favor mãe. - Ana ergueu seu vinho claramente irritada com a conversa.

― Já falamos com ele sobre reputação. Como futuro presidente de nossa instituição, não podemos repetir os problemas de Reese Thompson.

Ana baixou o copo sem tomar um gole. Seu pai estava se referindo à reputação de Reese com as mulheres antes de se casar com Anny. Duas vezes. Corre o boato de que ele quase perdeu a chance de ser nomeado CEO por causa de seus modos mulherengos, mas quem sabia em que acreditar?

― Renegados, aqueles Thompsons. - sua mãe zombou.

― O que você sabe sobre os Thompsons? - Ana perguntou, porque, sério, quão aleatório era eles terem falado sobre a família Thompson na mesma semana em que ela entrou como assistente de Eli?

― Lemos o jornal. - disse a mãe, com o queixo erguido.

Os trapos de fofoca, ela quis dizer.

― Esses grupos de desajustados ricos são conhecidos por seu comportamento desonesto. Sawyer Financial não precisa desse tipo de atenção. - sua mãe mastigou um pequeno pedaço de vieira e esculpiu outro.

Sim, as pessoas ricas deveriam se comportar bem, serem quietas e abrir caminhos apenas com o ouro de seus ancestrais. Deus proíba um deles de começar uma rebelião.

― Bem, lamento dizer que não voltarei com Josh para ajudar a reparar sua reputação. Agradeço por não me oferecer ao licitante com lance mais alto no futuro.

― Ana. - a pele clara de seu pai ficou rosa. ― Não use essa linguagem conosco. Você conhece nossa posição sobre você e a Sawyer Financial. Você sabe que queremos o que é melhor para você. Você está essencialmente cafetando o tipo de pessoa que sua mãe e eu contratamos e despedimos casualmente. Onde está o compromisso em seu negócio? Para a excelência? Para a permanência?

Suas palavras nunca falharam em cortá-la profundamente. Várias defesas surgiram em sua mente, todas bem usadas. Francamente, Ana estava cansada demais para argumentar.

― Queremos o melhor para você. - o temperamento de seu pai esfriou e ele colocou a mão sobre a dela na mesa. Ela sabia que ele queria o melhor para ela. No fundo, ambos os pais dela faziam. Mas ela se recusou a se curvar à vontade deles se isso significasse sacrificar seus sonhos pelos deles. ― Você é nossa princesa.

Ela puxou a mão dela. Ela não era uma princesa, ela se recusava a ser uma princesa. Ela queria governar o reino, mas o faria seguindo suas próprias regras, não aquelas estabelecidas por poucos elitistas.

― Pai, eu estou muito feliz. Eu digo isso sem parar. Estou feliz com o que faço. Eu sou boa no que faço. Tenho trinta e três, er, trinta e dois... - desde a saída de Melanie. ― funcionários para supervisionar e não vou deixá-los em apuros.

Ana costumava tentar deixar seus pais orgulhosos, mas logo descobriu que era impossível. Agora ela ficaria quieta. Se eles parassem de importuná-la sobre sua humilde escolha de vocação, ela ficaria eternamente grata.

― De qualquer forma... - disse Ana, cortando sua própria vieira. ― ... mesmo se eu quisesse namorar Josh, eu não poderia. - ela odiava mentir, mas eles não tinham deixado muita escolha. ― Estou saindo com alguém.

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Oi meus amores, tudo bem com vocês?

Obrigada por me acompanharem no 2° livro da série bilionários.. espero que vocês estejam gostando.

Se vocês quiserem ler o livro 1 ele se chama "O CEO Bilionário" e o livro 2 se chama "O Solteiro Bilionário", lembrando que a leitura dos livros 1 e 2 não interferem no livro 3 e vice-versa.

Lembrando que estou postando muitos capítulos hoje, mas a partir do capítulo 12 em diante a plataforma só libera depois de assinar o contrato, então peço que por gentileza, tenham um pouco de paciência.

Peço desculpas por demorar a começar a postar esse livro, mas passei por uma grande perda, por esse motivo me afastei de tudo. Mais uma vez peço desculpas pela demora e desde já agradeço a todos que emanaram boas energias pra mim.

Obrigada por me acompanharem. Amo vocês.. s2