"Sobre o que é tudo isso?" Levanto a arma para que eu possa prendê-la em uma das mãos enquanto enfio a outra no bolso. "Isso." Jogo o isqueiro para ele. "Ingram encontrou isso em uma parte rompida da cerca entre nossas propriedades. Você esteve roubando nossos animais. E você destruiu meus quebraventos na noite passada!"
Ele pega o isqueiro e analisa-o. "Isso é meu."
"Não me diga." Ergo a espingarda de volta, apoiando firme contra o meu ombro.
"Perdi algumas semanas atrás." Ele aproxima de seu rosto e examina as iniciais. "Minha mãe me deu isso alguns anos atrás, apenas alguns meses antes de morrer. O carrego em todos os lugares comigo. Fiquei chateado em perdê-lo."
"O quê?" Ingram senta e empurra Perry de cima dele. "Isso é um monte de besteira."
"Não, é verdade." Perry se levanta. "Nós viramos este lugar do avesso tentando encontrá-lo."
"Então, o que você está dizendo?" Ingram se levanta e caminha mancando para o meu lado, seu calor me dá a força para manter a arma apontada para Trey.
"Eu estou dizendo que quem roubou isso de mim plantou em sua propriedade para fazer parecer que nós somos os responsáveis pelo desaparecimento do seu gado." A nota de verdade toca na voz confiante de Trey, e minha determinação vacila um pouco.
Ainda não fazia sentido, embora. Se não foi Trey, então quem foi? "Mas você esteve tentando colocar as mãos no meu rancho desde que eu voltei para casa."
"Claro." Trey ainda está inspecionando o isqueiro. "Eu quero o seu rancho. Não vou mentir sobre isso. Mas eu não roubo gado. Esses rumores são apenas rumores."
Estreito os olhos. "E sobre as drogas e as mulheres?"
Ele encolhe os ombros, seu sorriso repulsivo deslizando de volta no lugar. "Nem tudo são rumores."
"Não foi Trey." Perry sente o nariz, o inchaço já está começando. Pelo menos Ingram acertou alguns golpes tanto quanto ele recebeu.
Abaixo a espingarda, embora Ingram a pegou e manteve-a perto.
"Olha, eu vou te dizer o quê." Trey esfrega o queixo. "Vai dar uma olhada em meus animais. O celeiro subindo por trás da casa cerca de oitocentos metros. Empresto um cavalo e verifique as pastagens se quiser. Temos o gado na sálvia perto de nossos quebra-ventos para a próxima tempestade. Você não encontrará uma única cabeça de vocês por lá. Posso ser um monte de coisas, mas meu pai teria curtido minha pele se eu tentasse roubar gado de outras pessoas."
"Temos a sua palavra de que não irá se mover para nos prejudicar?" Ingram dá um passo adiante, olhando para Trey.
"Você tem a minha palavra." Trey estende a mão.
Após um momento de hesitação, Ingram aceita. Trey, em seguida, me oferece sua mão. Eu aceito, embora quando ele segurou por muito tempo, Ingram deu um tapa na mão dele com um ríspido "cai fora, idiota."
Trey ri e volta a sua cadeira. "Deixe-me saber quando você descobrir quem está roubando." Ele gentilmente coloca o isqueiro em sua mesa. "Eu gostaria de ter algumas palavras com ele."
Um frio percorre minha coluna, e eu estava certa de que a pessoa que tinha roubado o isqueiro de Trey estaria em um mundo de dor se Trey colocasse as mãos sobre ele. Viro-me e sigo rapidamente pelo corredor. Ingram seguindo, embora ele nunca deu aos Pipers as costas, apenas virando e me acompanhando quando chegamos a porta da frente.
"Vamos até no celeiro. Dar uma olhada."
"Concordo." Entro na caminhonete.
Ele acomoda do meu lado.
"Dói?" Eu ligo a caminhonete e olho para o sangue em seu lábio.
"Não é ruim. Parece pior do que é."
"Isso foi um plano horrível, a propósito." Não pude resistir repreendê-lo.
"Acontece que, você está certa. Eu queria distrair os Pipers enquanto Zane localizava seu gado desaparecido, mas se eles não estão aqui, só estou com meu rosto transformado em uma polpa por nada." Ingram franze a testa, em seguida, faz uma careta.
"Droga." Balanço a cabeça e acelero na estrada limpa entrando mais no território Piper. "Mas obrigada."
"De nada. Eu levaria outra surra se isso significasse ajudar você."
Se o meu coração já não estivesse derretido, ele garantiu isso com essas palavras. "Nem sei o que dizer sobre isso."
"Você não precisa dizer nada." Ele aponta para um celeiro moderno prata logo mais acima, painéis solares cobrindo a parte superior. "Isso é ridículo. Parece uma nave espacial."
"Provavelmente custa tanto quanto uma também." Dirijo até lá e desligo o motor. "Onde está Zane?"
"Provavelmente já veio e já foi, se os animais não estão aqui." Nós pulamos para fora da caminhonete e entramos no celeiro. Sistemas de alimentação e água de última geração, espaços confortáveis para os animais, e animais bem cuidados nos encontram quando entramos. Um olhar me disse que meu rebanho não estava aqui. Trey estava dizendo a verdade.
"Quer verificar o pasto?" Ingram se inclina para inspecionar um alimentador cronometrado.
"Não." Suspiro. "Apesar dele ser um idiota, acho que Trey está dizendo a verdade."
"Eu também." Ingram aperta um botão no alimentador e uma medida de grão desce em uma calha. As vacas mugem e aproximam-se, prontas para uma festa inesperada. "Ops." Ele se afasta do aparelho quando uma nova carga de grão desce de um cano no teto, recarrega a rampa em preparação para a próxima servida.
"Chique." Não podia negar a maravilha que era o rancho Piper. Mas eu preferia fazer isso da maneira antiga. Verificar os animais, fazendo um árduo dia de trabalho – tudo isso era o que um rancho significava para mim. Não automação, não importa como era adequado.
A sensação incômoda persiste. Se os Pipers não eram responsáveis, o ladrão ainda estava lá fora. Meus animais ainda estão desaparecidos, e se não pegá-los de volta em breve, eu corria o risco de perdê-los para sempre. Eles poderiam ser enviados para qualquer lugar, talvez já atravessado o país. O pensamento de alguém enviando o meu touro para um curral para fazer dinheiro rápido revira meu estômago.
Ingram bate na rampa de grãos. "Você sabe o que usamos quando é hora da alimentação?"
"Baldes?"
"Você está certa."
"Nós usamos também." Eu sigo para a caminhonete e entramos. "Vamos voltar para o rancho. Tenho um mau pressentimento."