Amor à Toda Prova
img img Amor à Toda Prova img Capítulo 4 Princípio
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Capítulo 10 Orgulho img
Capítulo 11 Humilhação img
Capítulo 12 Fuga img
Capítulo 13 Delírio img
Capítulo 14 Deleite img
Capítulo 15 Provocante img
Capítulo 16 Irrevelado img
Capítulo 17 Fixação img
Capítulo 18 Ciúme img
Capítulo 19 Secreto img
Capítulo 20 Atrevido img
Capítulo 21 Solidão img
Capítulo 22 Desilusão img
Capítulo 23 Irremediável img
Capítulo 24 Conflito img
Capítulo 25 Melancolia img
Capítulo 26 Mágoa img
Capítulo 27 Recaída img
Capítulo 28 Arrependimento img
Capítulo 29 Indiferença img
Capítulo 30 Precipitação img
Capítulo 31 Desordem img
Capítulo 32 Receio img
Capítulo 33 Lembranças img
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Capítulo 4 Princípio

Roger era um homem provocante, sabedor de seus encantos e trabalhar ao lado dele seria mais complicado do que eu poderia imaginar. A namorada era uma mulher belíssima e, pela pouquíssima convivência, notei que ela apreciava mais o álcool do que a sobriedade. Isso sem dúvida destoava dele, que quase não bebia. Roger era do tipo de pessoa que passava a noite toda com um único copo de chope nas mãos enquanto os amigos entornavam vários. Isso ficou nítido.

Na manhã seguinte, mais uma vez fui acordada pelas lambidas do Fog, não tinha o hábito de trancar a porta e o danadinho a empurrava e entrava na maior cara de pau.

- Seu pestinha! - Acariciei o pelo ralo dele.

- Está aí, é? - André entrou à procura do cão.

- Ele adora me acordar - comentei sonolenta. - Nem preciso lavar o rosto, ele fez isso por mim. - Entre um bocejo e outro sorri.

- Sua porca. O meu cachorro gosta de você. - André jogou em mim uma das minhas almofadas que estava sobre uma poltrona de canto. - Apegou-se a você tão rápido, que estou começando a sentir ciúmes.

- André? - eu o chamei e ele voltou.

- Sim.

- É sério o lance com a Dafne?

- Estamos nos conhecendo.

- Legal! Mas a namorada do Roger bebe demais - enfatizei.l

- Ela exagera! É tão gostosa que a bebida não faz a mínima diferença pra mim.

- Nossa! Fala isso da namorada do seu amigo?

- E o que tem de mais nisso? É gostosa mesmo. Fui.

- Tchau. - Eles saíram e voltei a dormir.

Ao acordar pela segunda vez, quase no horário do almoço, desci para almoçar com a minha família. Há cinco anos, essa rotina havia ficado no passado e ao me sentar com eles amei me sentir em casa novamente. Passamos o restante do domingo desfazendo as malas, por sorte contei com a ajuda dos meus pais, ou teria passado a noite também. Não sei como não paguei por excesso de bagagem, entreguei os devidos presentes e todos adoraram. O presente do Tony, eu darei no sábado quando ele vier me buscar para a festa beneficente.

- Prontinho! Parece que está tudo no lugar - minha mãe comentou se jogando na cama exausta.

- Até que enfim - meu pai emendou.

- Graças a Deus! - Joguei-me ao lado dela, essa sensação do aconchego do lar era maravilhosa e ser paparicada por eles era a minha cereja do bolo.

- E aí, família? Querem uns sanduíches? Parecem acabados. - perguntou André colocando a cabeça para dentro do meu quarto.

- Com muita maionese - respondi.

- É pra já. Aviso assim que terminar, ou melhor trago aqui.

Meia hora depois, André voltou trazendo uma bandeja recheada de sanduíches e uma Coca-Cola de dois litros extremamente gelada.

- Olha quem veio - falei ao ver Fog todo faceiro com cara de cachorro comilão, louco para abocanhar um dos lanches.

- Preparada, Chloe, para trabalhar com essas feras? - perguntou minha mãe em tom de brincadeira.

- Qualquer problema, mãe, eu me demito na experiência - comecei a rir. "Problema mesmo era trabalhar com o Roger", pensei mordendo meu lanche.

Depois de um agradável jantar, cada um seguiu para o seu quarto e eu caí na cama de banho tomado, com ideias borbulhando e um friozinho na barriga. Afinal, a partir de amanhã, uma nova etapa da minha vida se iniciaria, uma na qual um moreno charmoso, alto e sensual fazia parte dela.

Acordei elétrica e cheia de disposição, coloquei um terninho preto para parecer bem profissional e, apesar do receio que se instalara na minha mente ao me lembrar do Roger, estava afoita para pegar no batente e colocar em prática tudo que havia aprendido na Itália. Tinha inúmeras ideias borbulhando e queria projetá-las na empresa que meus pais criaram com tanto sacrifício.

Como nos velhos tempos, tomamos o nosso café da manhã em família e saímos os quatro, minha mãe seguiu com o meu pai e eu de carona com o meu irmão, que me encheu de perguntas o trajeto todo. Ao chegarmos ao andar da diretoria da empresa, meu pai todo orgulhoso fez questão de me apresentar para os funcionários que ainda não me conheciam e todos sem exceção foram gentis.

- Sua sala, Chloe! - mamãe se adiantou. - Você vai ficar no meio do seu irmão e do Roger. Bem que eu tentei outro local, mas achar um espaço físico está crítico ou melhor, é impossível.

- Ô! Coisa boa. É agora que eu dou pulos de alegria? - perguntei ironicamente, ficar ao lado do irmão e da tentação ambulante seria... perfetto.

- Não, filha. Pode ser no final do expediente. Falando nele - ela disse ao ver o Roger caminhando lentamente em nossa direção.

- Bom dia!

- Bom dia! - respondemos juntas.

- Filha! Vou para a minha sala, tenho assuntos pendentes. Está em ótimas mãos. - Beijou meu rosto e saiu.

- Bom. - Suspirei mais alto do que deveria. - Vamos lá. - Olhei para ele, que estava uma coisa de louco vestido com um terno cinza chumbo. Quanto antes eu desse início às minhas funções melhor seria para a minha cabecinha.

- Se não se importa podemos conversar na minha sala? Lá tenho tudo de que preciso - ele inquiriu perscrutando meu rosto, com seu jeito charmoso de ser e nada discreto.

- Claro, sem problema algum. - retorqui em estado quase hipnótico.

            
            

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