- A beleza da minha irmã é notória, mas já disse. Você cuida dela e não azara, Tony.
- Fica quieto, André. Meu Deus, como você é chato! - enfatizei e me virei para o Tony. - O que me diz de dançarmos um pouco?
- Você dança? Não dançava antes de viajar. - Fuzilei meu irmão com um olhar de reprimenda, ele estava começando a me dar nos nervos. O que, às vezes, soava engraçado em outros momentos era desgastante.
- Filho, deixa sua irmã, ela tem mais juízo do que todos nós juntos - comentou mamãe e eu a agradeci meneando a cabeça.
Agarrei na mão do Tony e o arrastei para a pista que fervia ao som de Awesome Dance Mix.
- Sinto-me lisonjeado em dançar com a mulher mais deslumbrante da festa. - Tony deu um lisonjeiro sorriso.
- Você é lindo. - confirmei - Por dentro e por fora. Senti sua falta, sabia? Nós nos falávamos muito pouco.
- Sério?
- Claro que sim, Tony. Você sempre foi um grande amigo e uma pessoa extremamente importante na minha vida, por que não sentiria? Aliás, seu presente está separado, simples, mas comprado com muito carinho.
- Estou ansioso. Obrigado por se lembrar de mim.
Beijei o rosto dele e ele ofegou.
- O que foi? - perguntei curiosa.
- Esse seu decote é algo tentador, admito, você voltou mudada, Chloe, está altiva, madura, exuberante e uma belíssima mulher, devo ressaltar. Sempre foi, sem sombra de dúvidas, entretanto, morar fora do país lhe fez um bem enorme.
- Tony! - entoei a voz em tom de brincadeira. - Aceito de bom grado os elogios, vindos de você é uma honra. - Sorri enternecida e ele correspondeu.
Dançamos várias músicas e com a garganta seca resolvi beber algo.
- Vamos beber alguma coisa? - sugeri.
- Com certeza. Faz tempo que não me mexo assim, não tenho mais idade pra isso. - Sorriu.
- Exagerado, você dançou muito bem. Não deixou nada a desejar as pessoas que dançavam isso, incluindo a mim. - Tony olhou-me com carinho.
Seguimos em direção à mesa. Meus pais não estavam, apenas os dois casais; e, pelo que percebi, Kelly já estava bem alegrinha.
Tony me passou uma taça de champanhe e se serviu de outra.
- Saúde - brindou.
- Saúde - retribuí.
- Não acham que estão muitos cheios de gracinhas? - começou o chato do meu irmão com sua ladainha inoportuna.
- E qual o problema? Sou solteira e o Tony também.
- Ele é como seu irmão.
- Espera aí, não sou irmão da Chloe! - Tony rebateu de pronto.
- Formam um casal lindinho - Kelly comentou já bem calibrada.
- Viu, André? - Sorri com escarnáio. - Todos concordamos nesse quesito, menos você, seu mala. Já volto, pessoal. - Levantei e saí em direção ao toalete.
Usei o banheiro rapidamente e, ao sair, senti um braço me puxando; e fiquei ainda mais confusa quando descobri de quem era.
- Está doido? - contestei assim que Roger fechou a porta do banheiro masculino.
- Estou. Doido e excitado. - Pressionou-me contra a porta.
- Problema o seu, pega sua namorada e vai para a sua casa.
- Tem certeza? - Lançou seu olhar felino sobre o meu.
- Claro! Tenho - respondi não sendo tão convincente.
- Você está uma delícia nesse vestido, Chloe. Um morango suculento pronto para ser devorado.
Adoro quando ele diz meu nome, soa tão sexy na boca dele.
- Bebeu o quê? Roger! Abre a porta. É um banheiro masculino.
- Você está com o Tony? E eu não bebo, aliás, quase nada. - Passou a ponta do seu nariz no meu pescoço e todos os pelos do meu corpo se eriçaram. Até mesmo os que não deveriam.
- Quê? E se estiver? Não é da sua conta. - O empurrei, colérica e querendo sair das garras dele, antes que cedesse a luxúria.
- É claro que é. - Contornou meus lábios com o polegar. - Você não sai da minha cabeça.
- Você é comprometido. Ela vive fora do ar, mas é sua namorada. Estão juntos, então deveria respeitá-la. É o mínimo, não?
- Resolvo isso depois. - murmurou, entredentes.
- Cai na real, Roger. Abre essa porcaria de porta. - Aquela situação estava prestes a fugir do controle.
- Vai dizer que não está excitada tanto quanto eu? - Aproximou-se e acariciou o meu rosto, num toque leve, porém forte o suficiente para me fazer titubear.
- Estou. E daí? Isso não muda nada - sussurrei ofegante.
- Adoro sua honestidade. Eu quero você. - Ele baixou o olhar mirando bem no meu generoso decote.
- Para, Roger! Isso é loucura. - Ele agia indiferente aos meus apelos nada convincentes.
- Não consigo e não quero. - Roger lambeu a curva do meu pescoço e o calor se espalhou por todo o meu corpo, por cada terminação nervosa dele.
- Não faz isso - balbuciei, querendo o contrário. Eu o queria todo só para mim.
- O quê? - Olhou-me embevecido e iniciou uma sequência de carinhos alucinantes com sua mão hábil por toda extensão da minha cintura. - Você me provoca, Chloe. Não tem noção do quanto, mas hoje você passou dos limites com esse vestido.
- Roger - sussurrei o nome dele e engoli em seco. As carícias estavam levando consigo o pouco juízo que ainda me restava.
Assim que falei o nome dele, ele apertou firme a minha bunda, encarando-me com um desejo voraz.
- Você é doido e eu mais ainda, por me deixar cair nessa.
- Também acho. - Olhou para o meu decote e voltou a me encarar em seguida com os olhos inflamados. - Eu adoraria sentir cada um dos seus deliciosos mamilos roçando a minha língua.
Não pensei duas vezes, apenas ofereci minha boca para ele, que a sugou com desespero. Sua língua me devorava como se estivéssemos fazendo amor, quase atingi um orgasmo quando ele colocou uma das pernas no meio das minhas, forçando-me a apertá-la, o desejo me consumia, totalmente. Em meio aos beijos ensandecidos, as respirações entrecortadas, suas mãos vasculhavam cada centímetro do meu corpo; minha carne latejava e o membro duro dele como uma rocha atiçava ainda mais minha vontade de terminar o que havíamos acabado de começar.