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Tem dias em que ela sorri sem perceber.
E não é porque tudo está perfeito - é porque algo dentro dela, enfim, se aquietou.
São sorrisos discretos, nascidos de coisas simples.
Um café quente no fim da tarde.
O cabelo secando ao vento.
Um elogio inesperado.
Um silêncio que não pesa.
Uma lembrança boa que visita sem avisar.
Ela sorri porque, aos poucos, tem se reencontrado.
Com a mulher leve que existe dentro da forte.
Com a menina que ainda mora nela e gosta de sonhar.
Com o riso que não depende de ninguém pra acontecer.
São dias em que ela se vê no espelho e, mesmo com marcas e olheiras, sente orgulho.
Não por estar impecável - mas por ainda estar aqui.
Firme, mesmo cansada.
Doce, mesmo depois de tanto amargo.
Ela sorri quando percebe que passou por tempestades e não se perdeu de si.
Quando lembra de tudo o que segurou calada.
E de tudo o que merecia ter largado, mas ficou - por amor.
Esses sorrisos, ninguém vê nas fotos.
Porque eles não pedem pose.
Acontecem enquanto ela lava a louça, dobra a roupa, ou caminha sozinha pela rua.
São pequenos milagres.
Risos que nascem da paz de quem não espera mais permissão pra ser feliz.
De quem entendeu que alegria também mora nos detalhes.
E que amar a própria companhia é um tipo de liberdade.
Ela sorri sozinha.
E, sem perceber, ilumina o mundo inteiro.
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